TY - JOUR AU - Caram, Carolina Silva AU - Rezende, Lilian Cristina AU - Montenegro, Lívia Cozer AU - Afonso, Lívia Napoli AU - Peixoto, Tereza Cristina AU - Brito, Maria José Menezes PY - 2018/10/11 Y2 - 2024/03/29 TI - PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS ACERCA DA MORTE DE PACIENTES NO CONTEXTO DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA JF - Revista de Ciências da Saúde Nova Esperança JA - Rev. Ciênc. Saúde Nova Esperança VL - 16 IS - 2 SE - Ciências da Saúde/Artigo Original DO - UR - https://revista.facene.com.br/index.php/revistane/article/view/6 SP - 48-57 AB - <p>O trabalho realizado no setor saúde é caracterizado pelo encontro entre profissionais de diferentes categorias, usuários e familiares, entrelaçando saberes e fazeres direcionados para a produção do cuidado. Configura-se, dessa forma, um trabalho essencial para a vida humana, sendo um trabalho da esfera da produção não material, que se completa no ato de sua realização. Neste contexto, os profissionais se deparam com situações que envolvem a morte, as quais constituem um elemento gerador de atitudes individuais e sociais que podem condicionar o processo vital e interferir no desempenho profissional. Diante disso, o objetivo desse estudo foi compreender a percepção dos profissionais de saúde acerca da morte dos pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa realizado em um Hospital Universitário no Estado de Minas Gerais. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas com roteiro semiestruturado realizada com profissionais da saúde que atuam na Unidade de Terapia Intensiva e também por observação não participante. Os dados foram submetidos à técnica de Análise de Conteúdo. Alguns fatores foram indicativos que a equipe de saúde vivencia o sofrimento perante a morte dos pacientes: lidar com a morte, a empatia, a não concretização do trabalho expressa pela morte, o sentimento de frustração diante da morte. O sofrimento advém, muitas vezes, da formação profissional em saúde que fortalece a lógica de um modelo de saúde curativista, fazendo com que os profissionais busquem realizar suas atividades a favor da vida do paciente, o que torna difícil lidar com a morte. Além disso, também foi possível observar que a instituição não abre espaços de discussão a respeito desse assunto, bem como a equipe de saúde não está preparada para a escuta dos seus pares.</p> ER -