AVALIAÇÃO CLÍNICA DE RECESSÕES GENGIVAIS E LESÕES CERVICAIS NÃO CARIOSAS: UMA ABORDAGEM INTEGRADA
clinical evaluation of gingival recessions and non-carious cervical lesions: an integrated approach
DOI:
https://doi.org/10.17695/rcsne.vol23.n2.p286-297Palavras-chave:
Recessão gengival, Lesão cervical não cariosa, Odontologia integradaResumo
As recessões gengivais (RG) e as lesões cervicais não cariosas (LCNC) são condições bucais comuns que afetam respetivamente o periodonto e a estrutura dentária, estando frequentemente associadas. O presente estudo teve como objetivo avaliar a frequência de recessões gengivais e lesões cervicais não cariosas, e seus fatores etiológicos comuns, em pacientes atendidos nas clínicas integradas de Odontologia da UFPB, no período 2024.1, durante os meses de agosto até a primeira quinzena de setembro de 2024. A pesquisa foi realizada em uma metodologia descritiva, transversal e observacional, utilizando a técnica de observação direta por meio de exame clínico e preenchimento de ficha clínica. Entre os 70 pacientes adultos avaliados, 42 (60%) apresentaram recessão gengival, com 13 (18,57%) destes associados com perda de inserção clínica interproximal. Observou-se que 28 (40%) dos pacientes foram diagnosticados com LCNC, dentre os quais 20 (71,43%) também apresentaram RG, sendo o tipo abrasão a lesão mais observada. Entre os principais fatores etiológicos mais relevantes, o fenótipo fino foi o mais prevalente, observado em 35 (50%) dos pacientes na maxila e 39 (55,71%) na mandíbula; 29 (41,43%) dos pacientes mostraram sinais de escovação traumática, apesar de apresentar uma higiene oral ineficiente com 56 (80%) dos pacientes exibindo biofilme visível e 26 (37,1%) cálculo dentário; e 66 (94,29%) dos pacientes apresentaram perda de dentes. Além disso, 51 (72,89%) não usam próteses dentárias, enquanto 10 (14,29%) mostraram redução da dimensão vertical de oclusão, caracterizando perda da estabilidade oclusal. Com base nos dados apresentados, foi concluído que as recessões gengivais e as lesões cervicais não cariosas apresentaram alta prevalência entre os pacientes avaliados, sendo frequentemente associadas a fatores etiológicos predisponentes como fenótipo periodontal fino, higiene oral deficiente, escovação traumática e instabilidade oclusal. Esses resultados destacam a necessidade de estratégias integradas de prevenção e tratamento nas clínicas odontológicas, visando um tratamento integrado para a correção dessas condições bucais e seus fatores associados.
Palavras-chave: Recessão gengival. Lesão cervical não cariosa. Odontologia integrada.
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