NEFROTOXICIDADE POR QUIMIOTERÁPICOS EM PACIENTES ONCOLÓGICOS

NEPHROTOXICITY BY CHEMOTHERAPY IN CANCER PATIENTS

Resumo

O câncer é conceituado pelo crescimento desordenado das células. O índice de diagnósticos tem aumentado consideravelmente, chegando a se tornar uma das doenças com maior mortalidade precoce. Entre as formas de tratamento está a quimioterapia. Nesse contexto, todos os órgãos e sistemas são afetados pelo tratamento que, por vezes, pode gerar reações adversas como a nefrotoxicidade. Portanto, objetivou-se identificar na literatura científica, os fatores de nefrotoxicidade renal entre quimioterápicos para tratamento de pacientes oncológicos. Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura, nas bases de dados do Medical Literature Analysis and Retrieval System Online, Literatura Latino-Americana do Caribe em Ciências da Saúde e Scientific Electronic Library Online, através dos descritores Nefropatia / Kidney Diseases; Tratamento farmacológico / Chemotherapy, Adjuvant; e Oncologia / Medical Oncology interligados pelo operador booleano AND. Os critérios de elegibilidade incluíram artigos completos, disponíveis em meio online, nos idiomas português e inglês, independente do espaço temporal, e consoantes com a temática abordada. Durante a busca, foram identificados 75 artigos, dos quais 47 elegíveis e 07 participantes da amostragem final. Os dados foram analisados de forma descritiva através de números absolutos e percentuais. Os estudos não apresentaram prevalência de acordo com os anos, sendo igualmente distribuídos entre 2008 e 2021, majoritariamente utilizando método transversal (57,1%) e distribuídos entre os idiomas português (14,2%) e inglês (95,8%). Conforme identificado, 19 fármacos utilizados em protocolos de tratamento quimioterápico se destacaram como de potencial nefrotóxico, para os quais puderam ser listados 12 mecanismos fisiopatológicos distintos, com prevalência para lesão tubular (sete citações), lesão renal aguda (seis citações) e proteinúria (três citações). Conclui-se, portanto, que tantos são fármacos para tratamento quimioterápico, quanto são os seus potenciais para gerar lesão renal. Conhecer esses fatores permite o planejamento de ações que atenuem no processo de nefrotoxicidade que, por sua vez, respalda maior eficiência das drogas.