AVALIAÇÃO NEURORRADIOLÓGICA DO POLÍGONO DE WILLIS NO SEGUIMENTO DIAGNÓSTICO DA ACROMEGALIA

Autores

  • Guaracy Cavalcante de Albuquerque
  • Fabrícia de Farias Silva
  • Caroline Moraes Amaral
  • Sabrina de Melo Gomes
  • George Robson Ibiapina

Palavras-chave:

Aneurisma cerebral, Acromegalia, Polígono de Willis

Resumo

A acromegalia é uma doença rara que, em mais de 98% dos casos, é secundária a um tumor pituitário benigno secretor de hormônio do crescimento (GH). A idade típica de apresentação da acromegalia é entre 30 e 50 anos. O crescimento lento doadenoma pituitário atrasa a procura por atenção médica em 5 a 10 anos. O risco relativo de mortalidade desses indivíduos em relação à população geral é de 2 a 3, sendo as principais causas de mortalidade as complicações cardiovasculares e respiratórias. A pesquisa é uma revisão bibliográfica enfatizando a avaliação da neuroimagem do polígono de Willis, dados clínicos, achados laboratoriais (GH e IGF-1) e presença de adenoma pituitário no exame de imagem. Um em cada seis pacientes com acromegalia é portador de aneurismas saculares da circulação intracraniana, demonstrando assim que acromegalia pode acarretar um aumento do risco de abrigar aneurismas intracranianos. A prevalência local e frequência dos aneurismas observados em casuísticas diferem do que é relatado na população em geral. A taxa de aneurismas vista em nossa revisão foi superior à população geral, sendo realizado exame de angiorressonância magnética (MRA) (38,5vs10%) e era ainda ligeiramente superior quando comparada à angiografia (38,5vs14-34%), mais de dois terços (67,5%) dos recém-diagnosticados com aneurismas foram localizados na circulação carotídea. O aumento da prevalência de aneurisma observada em nosso trabalho parece não ser consequência entre GH / IGF-1 com comorbidades. A maioria dos aneurismas foram detectados distantes do campo cirúrgico, excluindo o papel da cirurgia na sua formação. Nenhum estudo demonstrou uma correlação entre a formação de aneurisma e radioterapia, também não encontramos correlação entre tamanho e invasão dos adenomas e aneurismas. Portanto, uma avaliação neurorradiológica do polígono de Willis poderia ser considerada no seguimento diagnóstico da acromegalia. 

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Publicado

2013-12-15

Como Citar

de Albuquerque, G. C., Silva, F. de F., Amaral, C. M., Gomes, S. de M., & Ibiapina, G. R. (2013). AVALIAÇÃO NEURORRADIOLÓGICA DO POLÍGONO DE WILLIS NO SEGUIMENTO DIAGNÓSTICO DA ACROMEGALIA. Revista De Ciências Da Saúde Nova Esperança, 11(3), 82–87. Recuperado de https://revista.facene.com.br/index.php/revistane/article/view/438

Edição

Seção

Ciências da Saúde/Artigo Original

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