PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E CLÍNICO DE PACIENTES COM REAÇÃO HANSÊNICA ACOMPANHADOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA
Palavras-chave:
Hanseníase, Epidemiologia, Eritema Nodoso, NeuriteResumo
A hanseníase é uma doença infecciosa, granulomatosa, de caráter crônico, causada pelo Mycobacterium leprae, que tem predileção pela pele e nervos periféricos. Alguns pacientes apresentam episódios inflamatórios, conhecidos como estado reacional ou reação hansênica, que é um dos maiores problemas no manejo dos portadores da doença. O objetivo desse estudo foi caracterizar o perfil epidemiológico e clínico de pacientes com reação hansênica em um hospital de referência na Paraíba. Trata-se de uma pesquisa epidemiológica do tipo documental retrospectiva. Entre os anos 2016 a 2017, foram diagnosticados 392 casos novos de hanseníase no Complexo Hospitalar Clementino Fraga (CHCF), localizado no município de João Pessoa. Destes, 138 (35,2%) foram acometidos por um ou mais estado reacional. Identificou-se que a maioria dos que apresentaram reação hansênica eram homens (73,20%), da raça parda (58%), com baixo nível de escolaridade (78,3%) e na faixa etária entre 18 e 45 anos (47,8%). A frequência de reações foi mais elevada entre pacientes multibacilares (81,10%), principalmente com as formas clínicas dimorfa e virchowiana, baciloscopia positiva e algum grau de incapacidade física instalada. Foi percebida associação entre baciloscopia positiva e o desenvolvimento da crise reacional (p=0,003). Houve, ainda, associação entre a reação reversa e forma multibacilar e entre neurite e a forma clínica dimorfa. Tais características devem ser consideradas no acompanhamento desses pacientes, com vistas à prevenção de complicações clínicas decorrentes da doença e dos estados reacionais, além de deformidades/incapacidades físicas permanentes.
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